Há exatamente um ano atrás eu zarpava de Lisboa, era o início duma viagem. Durante cerca de um mês viajei pela Europa. Corri de lés a lés algumas das maiores cidades europeias. Quase sempre a pé, só entre elas recorri ao comboio. Estive em sítios cuja carga histórica faz de mim um grão de areia, detive-me perante telas que me dizem mais que muitos seres humanos, nunca estive demasiado tempo no mesmo sítio e comi massa a quase todas as refeições. Se tive saudades? Claro que sim, mas o fascínio era constantemente renovado e Lisboa, que tinha sido ponto de partida, haveria de ser também ponto de chegada. Se me senti sozinho? Claro que não, fiz isto tudo na companhia de um grande amigo.