quinta-feira, 30 de julho de 2009

Legolejo: Começo dos trabalhos

Legolejo, aglutinação das palavras "lego" e "azulejo".

As últimas semanas foram de planeamento e aquisição de materiais. Sobre as placas base começa já a avançar uma primeira camada de placas pretas, que unirão as quatro placas base, e sobre a qual avança também já a camada final, que desenhará o padrão.


Mais dia menos dia chegarão, vindas diretamente da Lego dinamarquesa, todas as placas placas pretas necessárias para cobrir a totalidade das placas base. Entretanto vão também chegando os tijolos que vão reabastecendo os depósitos conforme estes se vão despejando.


Sim, os depósitos são garrafões de água cujo topo eu cortei e assim transformei em silos de peças lego. Falta ainda um com peças duma outra cor que ainda não chegaram e que só serão necessárias no topo oposto àquele por onde comecei.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Columbano Bordalo Pinheiro: Antero de Quental

Antero de Quental (1889),
Columbano Bordalo Pinheiro

sexta-feira, 17 de julho de 2009

17 de julho de 2008

Há exatamente um ano atrás eu zarpava de Lisboa, era o início duma viagem. Durante cerca de um mês viajei pela Europa. Corri de lés a lés algumas das maiores cidades europeias. Quase sempre a pé, só entre elas recorri ao comboio. Estive em sítios cuja carga histórica faz de mim um grão de areia, detive-me perante telas que me dizem mais que muitos seres humanos, nunca estive demasiado tempo no mesmo sítio e comi massa a quase todas as refeições. Se tive saudades? Claro que sim, mas o fascínio era constantemente renovado e Lisboa, que tinha sido ponto de partida, haveria de ser também ponto de chegada. Se me senti sozinho? Claro que não, fiz isto tudo na companhia de um grande amigo.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Flickr: tiagotejo

Para quem prefira ver só as imagens ou para aqueles que gostem de as ver em sítios diferentes:

http://www.flickr.com/photos/tiagotejo/

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Pixelejo: 0010 a 0012

Pixelejo, aglutinação das palavras "píxel" e "azulejo".

Pixelejo 0010

Pixelejo 0011

Pixelejo 0012

terça-feira, 7 de julho de 2009

Mário de Sá-Carneiro: Dispersão

Dispersão

Perdi-me dentro de mim
Porque eu era labirinto
E hoje, quando me sinto,
É com saudades de mim.

Passei pela minha vida
Um astro doido a sonhar.
Na ânsia de ultrapassar,
Nem dei pela minha vida...

Para mim é sempre ontem,
Não tenho amanhã nem hoje:
O tempo que aos outros foge
Cai sobre mim feito ontem.

(O Domingo de Paris
Lembra-me o desaparecido
Que sentia comovido
Os Domingos de Paris:

Porque um domingo é família,
É bem-estar, é singeleza,
E os que olham a beleza
Não têm bem-estar nem família).

O pobre moço das ânsias...
Tu, sim, tu eras alguém!
E foi por isso também
Que te abismaste nas ânsias.

A grande ave dourada
Bateu asas para os céus,
Mas fechou-as saciada
Ao ver que ganhava os céus.

Como se chora um amante,
Assim me choro a mim mesmo:
Eu fui amante inconstante
Que se traiu a si mesmo.

Não sinto o espaço que encerro
Nem as linhas que protejo:
Se me olho a um espelho, erro —
Não me acho no que projecto.

Regresso dentro de mim,
Mas nada me fala, nada!
Tenho a alma amortalhada,
Sequinha, dentro de mim.

Não perdi a minha alma,
Fiquei com ela, perdida.
Assim eu choro, da vida,
A morte da minha alma.

Saudosamente recordo
Uma gentil companheira
Que na minha vida inteira
Eu nunca vi... Mas recordo

A sua boca doirada
E o seu corpo esmaecido,
Em um hálito perdido
Que vem na tarde doirada.

(As minhas grandes saudades
São do que nunca enlacei.
Ai, como eu tenho saudades
Dos sonhos que não sonhei!...)

E sinto que a minha morte —
Minha dispersão total —
Existe lá longe, ao norte,
Numa grande capital.

Vejo o meu último dia
Pintado em rolos de fumo,
E todo azul-de-agonia
Em sombra e além me sumo.

Ternura feita saudade,
Eu beijo as minhas mãos brancas...
Sou amor e piedade
Em face dessas mãos brancas...

Tristes mãos longas e lindas
Que eram feitas pra se dar...
Ninguém mas quis apertar...
Tristes mãos longas e lindas...

Eu tenho pena de mim,
Pobre menino ideal...
Que me faltou afinal?
Um elo? Um rastro?... Ai de mim!...

Desceu-me n'alma o crepúsculo;
Eu fui alguém que passou.
Serei, mas já não me sou;
Não vivo, durmo o crepúsculo.

Álcool dum sono outonal
Me penetrou vagamente
A difundir-me dormemente
Em uma bruma outonal.

Perdi a morte e a vida,
E, louco, não enlouqueço...
A hora foge vivida,
Eu sigo-a, mas permaneço...

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Castelos desmantelados,
Leões alados sem juba...

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Mário de Sá-Carneiro

domingo, 5 de julho de 2009

Amadeu de Sousa Cardoso: Procissão Corpus Christi

Procissão Corpus Christi (1913),
Amadeu de Sousa Cardoso

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Legolejo

Legolejo, aglutinação das palavras "lego" e "azulejo".

Continuam a chegar peças. Desta vez foram as quatro placas (48x48) que serão a base de todo o projeto. Sobre estas placas será colocada uma camada de outras placas, estas mais pequenas e de diversos formatos, que as unirá e sobre a qual, então, numa última camada, se desenhará o padrão que pretendo.


A par destas placas continuam a chegar envelopes carregados das pecinhas (1x1) com as quais se desenhará o dito padrão.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Pixelejo: Origem do nome

Um amigo meu, perante um azulejo, a primeira coisa que diz é o resultado da aglutinação da cor dominante que está a ver e aquilo que está a ver. Isto é, ao deparar-se com um azulejo predominantemente amarelo, no primeiro comentário que tece diz: "Isto não é azulejo, isto é amarelejo".

Foi nesta linha de pensamento que cheguei à atual designação do meu projeto que cruza píxel e azulejo. Ele nunca o disse, mas se tivesse pensado nisso diria assim: "Isto não é azulejo, é pixelejo".

Está assim explicado o novo nome do projeto e o meu muito obrigado, por essa breve inspiração, a esse meu bom amigo.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Legolejo

Legolejo, aglutinação das palavras "lego" e "azulejo".

Já chegaram as primeiras peças. São pouco mais de centena e meia. Azuis e amarelas, mais azuis que amarelas. Ainda no correio há-de estar cerca de um milhar delas. Também a caminho devem estar umas placas, essas fulcrais para o início do trabalho.